Eu me canso das pessoas.
“Quando me detenho em um lugar e tenho a esperança de que as
pessoas se ajudarão e que todos vencerão igualitariamente, digo isto, no
sentido da justiça (iguais como iguais e os desiguais como desiguais), e vem o tempo, e me estapeia o rosto e me faz perceber que tudo que fiz para tentar melhorar o ambiente foram interpretados
erroneamente, isso me cansa.”
Atos de amor para com o próximo são discernidos como puxa-saquismos,
criando um sentimento diverso do almejado e sendo substituído por ciúmes e inveja.
As pessoas estão cegas emocionalmente.
Não discernem o bem do mal.
Confundem intenções de graças com desgraça.
Estão acostumadas com migalhas e a abundância fazem-nas mesquinhas.
Isso me cansa.
Canso-me do olhar dessas pessoas.
Das interpretações amaldiçoadas.
Se eu permanecer, terei que me adequar e isso eu não quero.
Não quero essa falsidade, essa superficialidade, esse egoísmo,
esse materialismo.
Eu gosto de pessoas, queriam tê-las ao meu lado, queria poder compartilhar valores, mas onde não há mudanças não posso me deter, sob o risco de me adequar.
Almejo pessoas leves, onde haja um nível equilibrado, sem exaltação e barulho por nada.
Leveza.
Meire Bessa
UBUNTU "Eu sou o que sou, pelo que somos todos"